terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Factores de Risco

Os cancros são o resultado de uma interacção muito complexa entre agressões ambientais e susceptibilidade genética. Sendo assim, os factores de risco mais comuns são:
  • Envelhecimento: Uma grande parte dos cancros ocorre em pessoas com mais de 65 anos porque à medida que a idade avança a divisão celular não é tao eficiente, podendo ocorrer falhas que formam células cancerígenas.
  • Tabaco: Os fumadores têm maior probabilidade de desenvolver cancro do pulmão, laringe, boca, esáfago, bexiga, rins, garganta, estômago, pâncreas ou colo do útero do que os não fumadores.
  • Radiação ionizante: Provém de raios que entram na atmosfera terrestre, vindos do espaço exterior, raios-x, poeiras radioactivas, etc. Todas as pessoas expostas a este tipo de radiação apresentam um risco aumentado de contrair cancro, especialmente, leucemia e cancros da tiróide, mama, pulmão e estômago. Alguns procedimentos médicos são uma fonte de radiação, por exemplo, a radioterapia para tratar o cancro. Mas mesmo assim o benefício é quase sempre superior ao risco.
  • Alguns vírus e bactérias: Vírus do papiloma humano (principal causa de cancro do colo-do-útero); Vírus da hepatite B ou C (o cancro do fígado pode desenvolver-se a partir da infecção com este tipo de hepatite); Vírus dos linfomas T humanos (aumenta o risco de desenvoilver linfoma e leucemia). Para evitar tal situação, não tenha relações sexuais sem protecção e não partilhe agulhas ou qualquer objecto contaminado com sangue.
  • Luz solar: O Sol, tal como as lâmpadas solares e as câmaras de bronzeamento emitem radiação ultravioleta. Esta, provoca o envelhecimento precoce da pele, que por sua vez poderá provocar cancro da pele. Por isso, os médicos aconselham as pessoas, independentemente da idade, a limitarem o tempo de exposição ao sol, bem como outras fontes de radição UV. Deste modo, existem algumas medidas que podemos tomar, de forma a evitar tal situação:
    • Evitar o sol nas horas de maior calor (11h ás 16h);
    • Usar roupas que protejam, eficazmente, a pele;
    • Usar protector solar (preferencialmente com factor de protecção igual ou superior a 15);
    • Evitar outras fontes de radiação UV que não sejam o sol, pois estas são ainda mais perigosas.
  • Determinadas hormonas: Na menopausa, alguns médicos aconselham tratamentos com hormonas para atenuar alguns sintomas. No entanto, estes tratamentos podem causar efeitos secundários graves, como o aumento do risco do cancro da mama, do enfarte do miocárdio, de AVC, entre outros. Por isso, sempre que pensar em fazer um tratamento hormonal, aconselhe-se com o seu médico sobre os possíveis riscos.
  • Álcool: O álcool, bebido sem moderação, aumenta o risco de desenvolver cancro da boca, garganta, esófago, laringe, fígado e mama. Se a ingestão exagerada de álcool for aliada ao tabaco o risco da pessoa contrair estes tipos de cancro é mais elevado.
  • Dieta pobre, falta de actividade ou excesso de peso: Todas as pessoas que fazem uma dieta rica em gorduras, tem um risco aumentado para contrair cancro do cólon, útero e próstata. Por outro lado, a falta de actrividade física e o excesso de peso são factores de risco para contrair cancro da mama, cólon, esófago, rins e útero. Assim, para previnir, deverá fazer uma dieta rica em frutas e vegetais e actividade física regular.
    • Alimentação saúdavel: alimentação rica em fibras, vitaminas e minerias. Limitar alimentos ricos em gordura, como o leite gordo, fritos, etc.
    • Actividade física: ajuda a controlar o peso e a reduzir o peso corporal. Andar energicamente, durante 30mins em 5 dias ou mais por semana.

    É verdade que alguns destes factores de risco podem ser evitados, como é o caso do álcool, do tabaco, dietas e excesso de peso. No entanto, existem muitos casos de cancro que provêm de história familiar, logo, é importante um acompanhemento médico regular.

Por que é que isto acontece?

Porque há uma desregulação. Temos mecanismos muito finos de regulação nos nossos tecidos normais. No cancro é quase tudo igual ao normal, excepto que “aquilo” não pára de crescer porque as células dividem-se e não morrem. O normal é os nossos tecidos crescerem até encontrar o outro tecido com o qual vão estabelecer uma fronteira estável, o que não acontece no cancro.

O que é o cancro?

O cancro tem início nas células. Normalmente, as células crescem e dividem-se para formar novas células, ou seja, têm um ciclo de vida. Contudo, isto nem sempre acontece, sendo que se formam novas células sem que o organismo necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem. É assim que se forma um tumor.
Existem tumores malignos e benignos. Os benignos não correspondem a cancros, uma vez que as células não se espalham. Por sua vez, os tumores malignos são considerados cancro, visto que são uma proliferação anormal de células.
As células cancerígenas podem migrar para outros órgãos através dos sistemas sanguíneo e linfático, processo designado por metastização.